Chegada a época das festividades, sobretudo o graças ao Natal, somos inundadas de anúncios de brinquedos. Os miúdos querem tudo, e nós, pais, temos tendência a ceder. Contudo, saiba que existem brinquedos mais adequados do que outros para cada idade.
É para isso mesmo que Vera Silva, pediatra, alerta. Apesar de os mais pequenos quererem tudo o que veem, há que saber dizer não, pois podem estar a pedir um brinquedo pouco adequado à sua idade, que em nada vai ajudar ao seu desenvolvimento intelectual ou motor.
Os pais devem ser responsáveis por avaliar as escolhas. “Os brinquedos deverão estar adequados à etapa de desenvolvimento das crianças”, garante Vera Silva, defendendo que a imaginação deve ser a prioridade nos primeiros anos de vida, fazendo com que possam ter brinquedos que as ajudem a ser criativas e que as façam brincar ao ar livre.
Tecnologia deve ficar para mais tarde
Apesar de hoje em dia os mais pequenos terem muita tendência para brincar com os telemóveis ou tablets, esta é uma conduta a evitar. A tecnologia deve fazer parte do mundo dos mais pequenos, mas em doses reduzidas e sempre de forma controlada. Os pediatras defendem até que, antes dos dois anos, os pais não devem investir em brinquedos tecnológicos.
“A sociedade desenvolveu a tecnologia e a tecnologia desenvolve a sociedade, pelo que este ciclo de momento é inquebrável. As crianças nascem numa era tecnológica e, de forma ponderada, devem participar deste meio de aquisição do conhecimento e de interação com o Mundo. No entanto, devem ser respeitados alguns aspetos, nomeadamente: a idade de início, o tempo de exposição, assim como dotar a criança de conhecimento acerca dos possíveis perigos da Internet. Antes dos dois anos de idade, a criança não deverá contactar com os meios tecnológicos. E, a partir desta idade, a duração de exposição diária não deverá ultrapassar uma hora”, aconselha a especialista.
O que oferecer no Natal em cada idade?
Dos 0 aos 6 meses
Brinquedos estimulantes através da cor, que façam sons e que sejam leves e sem arestas para que o bebé lhes possa pegar e levar à boca.
Dos 6 meses até 1 ano
Brinquedos com texturas, que façam barulho, fáceis de apertar e atirar ao chão, evitando as peças pequenas, já que o bebé está na fase de preensão em pinça fina e consegue agarrar estes objetos e levá-los à boca.
Dos 1 aos 2 anos
Como a criança já adquiriu a marcha, os brinquedos deverão ser adequados ao movimento, por exemplo carrinhos. Começa a fase de brincar com caixas para colocar peças dentro e voltar a tirar, assim como brinquedos de montar e desmontar.
Dos 2 aos 3 anos
Caixas coloridas e com desenhos para arrumar os brinquedos são um estímulo à organização de forma lúdica. Estamos na fase do triciclo, dos cubos para empilhar ou instrumentos musicais.
Dos 3 aos 4 anos
Para além da continuação do estímulo motor através dos brinquedos que envolvam movimento, devem ter acesso a livros para ler com o adulto e para colorir e desenhar.
Dos 4 aos 6 anos
Jogos com regras simples, onde a criatividade e o raciocínio são estimulados, e em que se aprende a esperar, a ganhar e perder, o que ajuda a criança a lidar com a frustração. Também devem ser estimuladas as brincadeiras ao ar livre, assim como com plasticina, pintura ou lego.
Dos 6 aos 9 anos
Nesta fase, pode passar do triciclo para a bicicleta ou usar patins, continuando a ser estimulada para as brincadeiras ao ar livre. Os jogos de tabuleiro são uma boa aposta.
A partir dos 9 anos
Deve conversar-se com a criança sobre os seus gostos e deixá-la decidir o que pretende, com moderação.
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Texto: Catarina Martins
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