Tragédia em Amor Amor: Vestida de noiva, Julieta lança fogo a Romeu para o matar

Brevemente em Amor Amor, Ângela diz a Julieta que sabe que a Polícia no Canadá anda à sua procura, e a sobrinha de Amadeu fica nervosa e chora. Ângela faz uma pausa e reforça que estão do mesmo lado e vai ajudá-la a ficar com Romeu. Adianta que precisa de atirar Romeu ao chão, para depois lhe dar a mão e quem o merece é ela e não Linda.

Julieta sorri com esperança, ama Romeu e quer casar com ele. Em casa do cantor, enquanto ele dorme pacificamente, Julieta, que se vestiu de noiva, segura um jerricã de gasolina, tentando não fazer barulho. Avança para a sala e começa a regá-lo com a gasolina. Ouve-se o tema Do Lado do Amor, que vem do telemóvel de Julieta . O pai de Sandra começa a acordar. Antes mesmo de abrir os olhos, inspira com mais força duas ou três vezes e apercebe-se de que há um cheiro estranho no ar e abre os olhos. É então que depara com a sua admiradora, vestida de noiva, a olhá-lo e ameaçando-o com uma faca.

Existe gasolina espalhada pelo chão e ela tem numa mão um isqueiro, que vai abrindo e fechando. Ele ergue-se num salto, assustado, mas percebe que tem as mãos atadas. “O que é isto?!”, pergunta. Julieta olha-o com ternura “É o meu obrigada”, diz ela. Romeu mostra-se confuso.“Obrigada… de quê?” Ela aproxima-se e explica: “Passei anos a sofrer, ao lado do meu marido. Foi ao ouvir esta música que percebi que podia voltar a amar.” E pega no telemóvel que está na mesa de cabeceira. “Solta-me, Julieta, o que é que vais fazer? Isto é gasolina?!”, grita o amado de Linda.

“Ficamos juntos!”

Ela pede-lhe para ele fazer uma canção só para ela e acrescenta que “não tenho medo de morrer ao teu lado, como Romeu e Julieta”. O cantor fica aterrorizado, pensa numa escapatória, olha em volta, mas sabe que não pode irritar Julieta. Ela grita com o irmão de Melanie para escrever uma letra de música para ela. Ele tenta concentrar-se. Julieta não gosta da letra que Romeu acabou de escrever. “Para a Linda arranjas sempre inspiração!” Conta que Ângela a procurou e lhe pediu para o destruir.

Chocado, ele explode: “Estiveste com ela? Mas que porra! O que é que ela te disse mais? Para me matares, foi?! Abre os olhos, ela manipulou -te, quer ver-me no chão! Acorda, Julieta, ela picou-te, usou-te contra mim! A Ângela quer que me mates. Usou a tua loucura!” Ela grita: “Eu não sou louca!” e pega no jerricã, despeja gasolina sobre o tapete e deixa cair o isqueiro. Sai e tranca a porta. Romeu salta da cama e força a porta, em pânico. Julieta surge, apressada e despeja o resto do jerricã sobre o tapete, abre a caixa de fósforos, acende um e atira-o para o tapete, que começa a arder. Ouve -se Romeu gritar, ao fundo. “Julieta, para! Julieta! Eu escrevo-te a letra, ficamos juntos!”

Ela corre dali pelas escadas abaixo, e pega nas chaves do carro de Romeu.

“Parece que se atirou ao rio”

Pouco depois, este surge no topo das escadas, a tentar libertar as mãos. Julieta corre para rua e Romeu corre escadas abaixo. Ainda vai até à porta, mas já só se ouve o som de um motor a arrancar. Ele pousa o telemóvel e morde os trapos que o prendem, conseguindo soltar as mãos, marca o 112 enquanto olha, ansioso para o fumo que desce pelas escadas.

Já a emigrante conduz, as lágrimas não a deixam ver a estrada. Ao mesmo tempo recorda-se das palavras de Romeu. “Abre os olhos, ela manipulou-te, quer ver-me no chão! Usou a tua loucura!” Ela põe o rádio no máximo com a música Prisioneiro deste Amor a tocar e conduz, enlouquecida.

Mais tarde, o carro de Romeu é encontrado à beira da estrada. A porta do condutor está aberta e ninguém lá dentro. O véu do vestido de noiva de Julieta está na na água, a flutuar. Em casa, o cantor recebe um telefonema e mais tarde conta a Linda: “Parece que se atirou ao rio, mas um gajo qualquer viu-a e conseguiu salvá-la. Foi para o hospital… ”